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Conheça o estudo que privilegia as palmeiras encontradas no Parque Vila Velha
Entender o ecossistema, conhecer as peculiaridades de cada espécie não é tarefa para qualquer um, principalmente quando o que parece ser uma simples planta e sua ocorrência se torna objeto de estudo.
E foi isso que o pesquisador Pablo Melo Hoffmann, Diretor Executivo da Sociedade Chauá, foi descobrir no Parque Vila Velha, o que desencadeou a pesquisa intitulada “Palmeiras endêmicas de campos de altitude no sul do Brasil: modelagem de ocorrência e ações emergenciais para sua conservação”.
O projeto, ainda em desenvolvimento, teve início no ano de 2018 e está em constante evolução, a pesquisa é permanente, segundo Pablo.
Desvendando as palmeiras
Atualmente, fazem parte do estudo cinco espécies de palmeiras, com destaque para a Butia microspadix, uma espécie de butiá muito pequeno de até 0,5m de altura, que ocorre nas áreas de campos naturais no Paraná, inclusive no Parque Vila Velha. Além de ter sido localizada no Parque, ocorre também em outras unidades de conservação como o Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi e no Parque Estadual do Cerrado, em Jaguariaíva.
O projeto de pesquisa abrange diversas unidades de conservação e o processo funciona da seguinte forma: localização e mapeamento das palmeiras, avaliação das ameaças locais e regionais.
Após esse mapeamento, os pesquisadores trabalham em cima de um modelo de estudo, analisando como essas plantas reagem e como se comportam no seu ambiente natural e como reagem à degradação do local e entorno e às variações decorrentes das mudanças climáticas, prevendo cenários que talvez possam contribuir para a extinção da espécie.
O passo a passo é bastante criterioso e, além da verificação em campo da incidência dessas palmeiras, são realizados estudos sobre ecologia e suas características de crescimento e reprodução e, eventualmente, uma comparação com as palmeiras semelhantes, mas que ocorrem em regiões distintas.
Esta é parte importante do estudo e refere-se a acompanhar essas palmeiras, seu desenvolvimento, saúde e processo evolutivo. Por exemplo o estudo da fenologia vegetativa e reprodutiva pode indicar indica se a espécie está conseguindo se reproduzir, verificar a época e intensidades/quantidades que ela produz brotos, botões florais, flores e frutos, além de indicar as estações propícias para o amadurecimento desses frutos.
Em seguida, o estudo contempla um plano de conservação.
Esse mesmo estudo, conduzido por Pablo, revelou que a espécie Butia microspadix é uma espécie ameaçada de extinção, em que as principais ameaças estão relacionadas à drástica redução do seu habitat, os campos naturais, considerando que restam atualmente apenas -0,3% deste ecossistema no estado do Paraná.
Ao longo da pesquisa, descobriu-se que a espécie exige um ambiente bem conservado, o que devido à degradação contínua do seu habitat, põe em risco sua manutenção e faz com que ela viva sob constante ameaça de desaparecer. Por conta disso, ações de conservação são fundamentais. A principal é a manutenção de áreas naturais como o Parque Estadual de Vila Velha, e de forma concomitante são as pesquisas e a produção de mudas em viveiros que possam ser reintroduzidas na natureza para ampliação das populações naturais, aumentando suas chances de sobrevivência ao longo do tempo.
Mais informações sobre esta rica pesquisa podem ser encontradas aqui: https://www.sociedadechaua.org/_files/ugd/eacbf4_5ab3d99cafd14dffaf9ab88c8734b391.pdf
E se você quiser conhecer essas e outras espécies que habitam o Parque Vila Velha, venha nos visitar!
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